quinta-feira, 17 de outubro de 2013

(( ♥ ))

Vieste visitar-me esta noite e já há muito que não vinhas... Acordei em sobressalto, a sentir a mesma dor já vivida há anos, não em sonho, como hoje, mas numa realidade amarga e fria. Quando voltares, Avó, anda e vamos reviver os bons momentos que passamos. Revisitaremos os campos e praias, subiremos à torre de menagem e hás-de contar-me, novamente, lendas construídas em redor do nosso castelo. Ou podemos ir à missa das sete da tarde à Oliveira, não sem antes me comprares pirolitos. Volta sempre que quiseres, Avó, que é sempre bom rever esse teu rosto carregado de meiguice, sentir o teu abraço de ternura, saborear o teu amor. Mas não voltes para me fazer reviver a dor iminente da tua perda. Já te perdi, uma vez, para sempre. Não preciso de te perder mais do que isso. Vem e, enquanto durar o meu sonho, vamos ser felizes como já fomos. As duas, de mãos dadas, estrada fora.

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