domingo, 31 de março de 2013

Páscoa Feliz!


Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
(João 20, 9)

terça-feira, 26 de março de 2013

Portugal, um país especial #2

Foi através do programa "Portugal em Directo", da RTP1, que fiquei conhecedora da centenária Fábrica de Santo António. Sedeada no Funchal, dedica-se ao fabrico de bolos, bolachas e compotas, entre outros produtos, comercializando-os em embalagens que nos remetem, de imediato, para tempos passados. Fascinou-me, como sempre me fascinam estes esteios de portugalidade, que resistem e se afirmam num mundo marcado pela globalização.
Convido-vos a descobrir esta encantadora fábrica.


Programa "Você na TV".

Blog "Garfadas Online".

quarta-feira, 13 de março de 2013

Dias que se fizeram assim #6


Autor das Fotos: Fillipo Monteforte/AFP


Ao segundo dia do conclave, ao fim do 5º escrutínio, pelas 18h06 (hora portuguesa), avistou-se o aguardado fumo branco, denunciador que o colégio cardinalício tinha chegado a um consenso. Uma hora depois, preenchida com muita expectativa e ansiedade, o aguardado anúncio: "Habemus Papam!".
À varanda da Basílica de São Pedro assomou, pouco depois, o novo Papa. O primeiro Papa sul-americano, o primeiro Papa jesuíta, o primeiro Papa a orar em conjunto com o povo de Deus. O primeiro Papa Francisco. Falou à multidão com humildade, serenidade e bonomia. 
Gostei. Francamente, gostei. De tudo o que vi e vivi! Que Deus o guarde, ilumine e proteja!

terça-feira, 12 de março de 2013

Poemas e pensamentos #5


Brincas todos os dias com a luz do Universo.
Subtil visitadora, chegas na flor e na água.
És mais do que a pequena cabeça branca que aperto
como um cacho entre as mãos todos os dias.

Com ninguém te pareces desde que eu te amo.
Deixa-me estender-te entre grinaldas amarelas.
Quem escreve o teu nome com letras de fumo
entre as estrelas do sul?
Ah, deixa-me lembrar como eras então,
quando ainda não existias.

Subitamente o vento uiva e bate à minha janela fechada.
O céu é uma rede coalhada de peixes sombrios.
Aqui vêm soprar todos os ventos, todos.
Aqui despe-se a chuva.

Passam fugindo os pássaros.
O vento. O vento.
Eu só posso lutar contra a força dos homens.
O temporal amontoa folhas escuras
e solta todos os barcos que esta noite amarraram ao céu.

Tu estás aqui. Ah tu não foges.
Tu responder-me-ás até ao último grito.
Enrola-te a meu lado como se tivesses medo.
Porém mais que uma vez correu uma sombra estranha
pelos teus olhos.

Agora, agora também pequena, trazes-me madressilva,
e tens até os seios perfumados.
Enquanto o vento triste galopa matando borboletas
eu amo-te, e a minha alegria morde a tua boca de ameixa.

Quanto te haverá doído acostumares-te a mim,
à minha alma selvagem e só,
ao meu nome que todos escorraçam.
Vimos arder tantas vezes a estrela d'alva beijando-nos os olhos
e sobre as nossas cabeças destorcem-se os crepúsculos
em leques rodopiantes.
As minhas palavras choveram sobre ti acariciando-te.
Amei desde há que tempo o teu corpo de nácar moreno.
Creio-te mesmo dona do Universo.
Vou trazer-te das montanhas flores alegres, "copihues",
avelãs escuras, e cestos silvestres de beijos.

Quero fazer contigo
o que a Primavera faz com as cerejeiras.


Pablo Neruda in "Vinte poemas de amor e uma canção desesperada"

quarta-feira, 6 de março de 2013

Palavra do Senhor #1

Para tudo há um momento e um tempo para cada coisa que se deseja debaixo do céu:
tempo para nascer e tempo para morrer,
tempo para plantar e tempo para arrancar o que se plantou,
tempo para matar e tempo para curar,
tempo para destruir e tempo para edificar,
tempo para chorar e tempo para rir,
tempo para se lamentar e tempo para dançar,
tempo para atirar pedras e tempo para as ajuntar,
tempo para abraçar e tempo para evitar o abraço,
tempo para procurar e tempo para perder,
tempo para guardar e tempo para atirar fora,
tempo para rasgar e tempo para coser,
tempo para calar e tempo para falar,
tempo para amar e tempo para odiar,
tempo para guerra e tempo para paz.
(Eclesiastes 3, 1-8)